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FME emite nota pública contra o decreto que permitiu abertura de bares e igrejas em Guanambi

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O Fórum Municipal de Educação (FME) de Guanambi emitiu nota pública nesta quinta-feira (14), expressando preocupação e contrariedade a edição do decreto Nº 746 de 4 de Maio de 2020 e as portarias que flexibilizaram o funcionamento de bares, restaurantes, cultos e manifestações religiosas e academias em Guanambi.

O FME é o órgão responsável pelo acompanhamento, monitoramento e avaliação da Política de Educação no município. Na nota, o FME manifestou apoio ao Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Guanambi que também emitiu nota contrária a emissão dos decretos frente à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), no início do mês de maio.

O Fórum pontua que acompanhando, com muita seriedade, as orientações e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), de diversos profissionais da saúde e de instituições de Pesquisa, a exemplo da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), eles perceberam que o Brasil ainda está longe de conter a pandemia.

Diante disso, a nota pondera que ainda não é hora de flexibilizar as medidas, visto que já há casos registrados em municípios vizinhos, a exemplo de Caetité, Licínio de Almeida, Brumado, Urandi e Serra do Ramalho e que Guanambi não está imune.

O FME reitera que os dados do MonitoraCovid-19 – Sistema criado por pesquisadores da Fiocruz e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para monitorar e integrar dados sobre o avanço da pandemia no território nacional e no mundo – apontam a expansão do vírus para os municípios do interior do país, em especial cidades próximas às regiões metropolitanas, aquelas denominadas capitais regionais e as que são consideradas centros locais do comércio.

Além disso, a nota destaca que as organizações e entidades da comunidade guanambiense, têm manifestado grande preocupação com o que poderá acontecer com um possível surto do vírus no município e na região, sobretudo, se considerado o alto índice de desigualdades sociais e as dificuldades que os Sistemas de Saúde já vêm enfrentando, desde muito antes da pandemia.

A nota especifica ainda que o FME compreende as dificuldades enfrentadas pelo setor econômico, no entanto, assegura que é preciso colocar a vida em primeiro lugar, pois a economia se recupera aos poucos, com pessoas saudáveis.

Por fim, o Fórum solicita do Poder Executivo Municipal que sejam revistos o Decreto e as Portarias mencionadas, no sentido de fortalecer as medidas de prevenção e combate ao Coronavírus e garantir maior segurança à população do município.

Apesar da permissão de funcionamento com a presença dos fieis, algumas igrejas evangélicas e as paróquias de Guanambi decidiram manter as suas celebrações via internet.

Ao justificar as últimas medidas, a prefeitura disse que Guanambi é um dos poucos municípios do país com uma faixa de 100 mil habitantes que não possui nenhum caso registrado e que esse “resultado é fruto de sua política séria e responsiva no que se refere as medidas de contingenciamento social, monitoramento, barreiras sanitárias e fortalecimento da sua rede de saúde pública própria”.

Confira a íntegra da nota do FME:

Nota Pública do Fórum Municipal de Educação sobre Coranavírus (1)

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