O mundo atual permite com que a nossa experiência na internet seja cada vez mais personalizada. Nós conseguimos, por exemplo, ter vídeos semelhantes ao nosso gosto quando acessamos o YouTube ou Netflix. Também conseguimos visualizar sem grande dificuldade anúncios que estão relacionados com pesquisas no Google. Mas, você sabe como esses canais descobrem a nossa preferência?

A resposta é muito simples: dados. Quando estamos navegando nas páginas da internet, os cookies captam a nossa navegação e também outras informações, como e-mail e tempo de sessão. Além disso, quando preenchemos algum formulário para ter acesso exclusivo a algum conteúdo, estamos fornecendo — de forma consciente — informações preciosas. Esses dados são tão fundamentais para as empresas de tecnologia que eles são classificados como “o novo ouro”.

Existem algumas que bloqueiam esses males, por exemplo: extensão em navegadores para bloquear anúncios (como Unblock.org, aplicativos que analisam e-mails enganosos (como Immersion) e uma conexão criptografada por VPN com a Internet que protege informações privadas da exposição.

No entanto, apesar de haver um lado benéfico na história, entidades de má fé podem utilizar dessas informações de maneira devida. Quando isso ocorre, dizemos que um vazamento foi ocasionado. E o Brasil não está imune a esse tipo de situação. O caso mais recente, e que chamou bastante atenção da mídia, aconteceu em março deste ano. Na ocasião, informações de mais de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas já falecidas, foram colocadas à venda na internet.

Essas informações continham: e-mail, CPF, CNPJ, número de telefone e alguns até endereço. Os dados, nesse caso, estavam sendo utilizados de maneira criminosa, seja para clonar cartões de crédito ou até mesmo para realizar contato direto, solicitando depósitos urgentes em contas bancárias.

A Lei Geral de Proteção de Dados obriga que empresas, apps e sites deixem claro para os usuários que dados privados estão sendo coletados. O usuário, então, só poderá fornecer essas informações se clicar no botão de “Aceite”.

Por que nossos dados vazam?

Como explicado anteriormente, com os dados certos é possível realizar diversas atividades ilícitas, isso tudo sem o verdadeiro dono ter conhecimento. Existem, inclusive, empresas que fazem a venda ilegal de dados.

Assim, além de fazer com que golpes digitais ocorram, os dados também possibilitam ter um maior conhecimento sobre os bens materiais de alguém. Como, por exemplo: saber dados bancários, descobrir as últimas transações em dinheiro realizadas, ter um conhecimento familiar por meio de dependentes, e muito mais.

A esse ponto do artigo você já consegue compreender que qualquer indivíduo está suscetível a ter seus dados roubados e utilizados de forma inoportuna, correto? Mas existem formas de se proteger contra esses feitos. Boa parte está ligada às boas práticas que os próprios usuários podem aplicar.

Todos nós estamos sucintos a ter nossos dados vazados. Dessa forma, é imprescindível saber como se proteger de qualquer cilada. Confira as principais dicas e não deixe de aplicá-las no momento de divulgar os seus dados com concessão:

1 — Instale um antivírus de confiança: o antivírus ajuda no momento de descobrir a veracidade ou não de uma página. Ao entrar em um site suspeito, esse software costuma parar a navegação, continuando somente quando você analisar a página e detectar ou não se ela se trata de uma página enganosa;

2 — Leia com bastante atenção antes de clicar em qualquer coisa: quando estamos navegando, muitas vezes precisamos preencher formulários. Quando isso ocorrer, tenha certeza que você sabe da veracidade da página. Se preciso, leia os termos e condições e não divulgue informações de alta fragilidade, como o código de segurança do cartão de crédito. Para somar, tente navegar com uma conexão criptografada por meio da VPN.

3 — Veja se a url é https: quando um site não é confiável, a sua url costuma começar com http e não https. Esse “s” significa segurança, ou seja, que seus dados estão seguros por meio de criptografia. É muito importante verificar esse detalhe para não se deixar enganar.

Conclusão

O mundo está cheio de “espertinhos” que utilizam de informações pessoais para adquirir bens próprios. Nós, por outro lado, devemos estar sempre atentos e preparados para eliminar qualquer tipo de malware — seja por meio de smartphones ou computadores pessoais. Procure sempre aplicar boas práticas, como utilizar a VPN ligada e também instalar um bom antivírus.