Um decreto publicado na edição desta sexta-feira (18), do Diário Oficial do Município, formalizou a desapropriação de uma área de terra para a construção de um novo cemitério municipal em Guanambi.
Segundo a norma, um espaço de 15 mil metros quadrados (1,5 hectare), localizado na Fazenda Jamaica, passa a ser de titularidade do município para a construção do equipamento público. O proprietário doou ao município outros 35 mil metros, totalizando 5 hectares.
O local fica próximo à saída para a cidade de Matina, às margens da futura Avenida Centenário, via cujo traçado começou a ser aberto no ano passado, com a finalidade de interligar a BA-573 à BR-030, na saída de Caetité.
O município já negociou com o proprietário do terreno os termos da indenização, porém, o valor final será definido por avaliação realizada pelo departamento jurídico da prefeitura. O mapa abaixo mostra a localização da área desapropriada.
Apesar da desapropriação só ocorrer agora, o local para a construção foi definido oficialmente no início de maio. Segundo Michel Macedo, secretário municipal de Infraestrutura, o terreno já está recebendo as primeiras intervenções para abrigar o cemitério. Os serviços de terraplanagem foram iniciados há 15 dias. Na próxima semana, a prefeitura começará a construir o muro em volta do perímetro onde serão construídas as quadras para sepultamento.
Ainda segundo o secretário, as obras iniciais estão sendo feitas por trabalhadores e máquinas da prefeitura. Em breve, será aberta uma licitação para contratação de empresa que irá construir as quadras, quatro salas para velórios e demais estruturas. A previsão é de que a primeira etapa fique pronta para receber os primeiros sepultamentos ainda este ano.
Demanda urgente
É urgente a necessidade do início do funcionamento do novo cemitério, pois o atual encontra-se sem condições para a abertura de novas sepulturas devido à superlotação. Apenas famílias que já possuem terrenos estão conseguindo realizar os sepultamentos de seus entes no local. Por conta do colapso, a prefeitura fez um acordo com a empresa responsável pela administração do Cemitério Jardim Juliana para realização dos enterros.
No ano passado, a prefeitura chegou a abrir uma área que estava murada próxima à entrada do cemitério para realizar a ampliação. No entanto o espaço foi suficiente para atender à demanda apenas por alguns meses. Com o aumento dos óbitos em decorrência da pandemia do coronavírus, a situação ficou ainda mais agravada.
Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ArpenBrasil), em 2020 foram registradas 525 certidões de óbitos no município. Em 2021, até o início de junho, foram 324 registros. Nos cinco primeiros meses de 2020 foram 212 registros, contra 282 até maio desde ano, revelando um aumento de 33%.
Somente relacionados à Covid-19, foram 83 óbitos confirmados até o momento, contra 15 do ano passado. No mês atual, foram 16 mortes de pacientes com a doença até esta sexta-feira.