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Justiça manda pedreiros de Riacho de Santana para presídio em São Paulo

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A Justiça de São Paulo converteu de preventivas para temporárias as prisões dos pedreiros Ronaldo Nogueira, de 21 anos, e Rodrigo Santana, 25 anos. Eles foram presos no último dia 8, após a vítima de um assalto ligar para a polícia e dizer que foram eles os autores do crime, cometido no dia 29 de julho.

Com a conversão da prisão, eles foram transferidos da 2ª Delegacia de Polícia do Bom Retiro para o Centro de Detenção Provisória do Belém, na Zona Leste de São Paulo. Por conta da transferência, foram submetidos aos procedimentos de entrada no sistema penitenciário, como a raspagem dos cabelos.

Presos há onze dias, os jovens naturais da zona rural de Riacho de Santana, na Região de Guanambi, tentam provar que são inocentes mas seguem vivendo um pesadelo sem precedentes em suas vidas.

Eles estavam em uma pizzaria quando foram presos. A palavra da vítima que teria reconhecido um deles como um dos assaltantes foi a única motivação acolhida pela polícia para as prisões.

Colegas de trabalho afirmam que os dois jovens não saíram do alojamento da empresa no dia do crime. Câmeras de segurança também registraram a chegada dos dois ao local após passarem em um supermercado ao fim do expediente de trabalho, na obra de reforma de um prédio residencial onde são contratados.

Além disso, no dia do assalto, a vítima alegou que os assaltantes não possuíam barba, sendo que ambos estavam de barba nas imagens do dia do crime e no dia da prisão, e nenhum dos dois se locomoviam de moto pela cidade, usando apenas o transporte da empresa nos seus deslocamentos.

Os amigos e colegas de Ronaldo e Rodrigo se uniram para contratar um advogado que tenta sem sucesso tirar os dois trabalhadores da prisão, muito provavelmente mantidos presos de forma injusta. Eles foram para São Paulo em março, em busca de trabalho e renda para contribuir com o sustento de suas famílias na Bahia.

Em Riacho de Santana, uma campanha está arrecadando fundos para apoiar a defesa dos rapazes. Um número PIX foi disponibilizado para receber doações – 77999772707. As doações são realizadas em nome de Ailton, amigo da família.

À Agência Sertão, Romário Alves, irmão de Rodrigo, disse que o clima é de tristeza e revolta nas localidades de Caraíbas e Várzea da Onça, onde moram os pais dos dois jovens. “A situação deles é muito delicada por estarem presos sendo inocentes. A única prova que os incrimina é a palavra da vítima, cheia de contradições. A Justiça é complicada de explicar”, disse.

Na última segunda-feira (16), o programa Balanço Geral, da TV Record, transmitiu uma reportagem sobre o caso para todo o país. Mesmo diante da reportagem e das provas da inocência de Ronaldo e Rodrigo, eles seguem sem previsão para sair da cadeia. “Nos estamos diante de inocentes presos? Os colegas alegam que sim”, questiona o apresentador.

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