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Proibição da pesca do surubim começa a valer na próxima segunda-feira

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Começa a valer na próxima segunda-feira (5), a proibição da pesca do surubim em todo o território nacional. A medida foi publicada no mês de junho e vale para a espécie Pseudoplatystoma corruscans, também conhecida como pintado. 

O peixe foi incluído pela primeira vez na lista de animais ameaçados de extinção do Ministério do Meio Ambiente, na categoria vulnerável. Com a inclusão, a pesca e captura ficaram proibidas.

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Proibição da pesca do surubim rio são francisco
Surubim pintando tem manchas pretas arredondas pelo corpo – Reprodução

O Surubim cachara não entrou na lista e sua pesca continua permitida. Já os surubins do rio Doce e do rio Paraíba, pertencentes à família Steindachneridion, já são considerados ameaçados de extinção há algum tempo. 

A inclusão na lista de espécies ameaçadas ocorreu embasada nos estudos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que aplica os critérios de risco de extinção do método da IUCN (União Internacional de Conservação da Natureza), aceitos internacionalmente e utilizados por mais de 100 países.

De acordo com órgão, a redução das populações, principalmente nas bacias do São Francisco e do Paraná, foram fundamentais para a inclusão do surubim na lista de ameados de extinção.

Também encontrado nas bacias do Paraguai e do Uruguai, além do Brasil, este peixe está presente na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Além da pesca, a construção de sucessivas barragens ao longo dos rios fez com que a espécie desaparecesse em alguns trechos, pois o peixe migra por longas distâncias e as hidroelétricas impedem as rotas migratórias.

O  pacamã (ou pacamão), outro peixe endêmico do rio São Francisco, também foi incluído na lista de ameaçados de extinção.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, a pesca de espécies protegidas pode acarretar em detenção de um ano a três anos e/ou multa.

Surubim

O surubim é uma das principais espécies da bacia do rio São Francisco e um dos mais ameaçados por conta da seca, pesca predatória e outros fatores que degradam a bacia. Este peixe também pode ser encontrado na bacia Amazônica, Prata e em grande abundância no Rio Paraná.

Com hábitos noturnos, o surubim possui couro e apresenta cabeça achatada e volumosa tomando boa parte do corpo. A coloração é cinza-parda, ventre esbranquiçado e pequenas manchas pretas arredondadas, inclusive nas nadadeiras.

Frequentador do fundo dos rios, tem longos barbilhões e sua carne é de excelente qualidade. É um dos maiores peixes do Brasil, normalmente atinge 1m de comprimento, pesando entre 60 kg e 80 kg. Mas há registros de exemplares com mais de 2m pesando 100 kg. Nos últimos anos, a criação em cativeiro do Surubim tem sido bastante difundida, principalmente por conta da falta do peixe em abundância nos rios.

As chuvas de dezembro do ano passado e do início deste ano provocaram uma cheia história no rio São Francisco. A abundância de água favoreceu a reprodução dos peixes, que voltaram a aparecem em grandes volumes ao fim da piracema.

No fim de março, a Agência Sertão noticiou a captura de um surubim de 40 quilos no rio São Francisco, entre os municípios de Carinhanha e Malhada, primeiros da Bahia a receber as águas do Velho Chico.

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