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Coordenação de Fomento ao Artesanato promove encontros para desenvolvimento do setor na Bahia

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Representantes de 40 municípios e 11 Territórios de Identidade da Bahia participaram I Encontro de Gestoras e Gestores Municipais e Artesanato da Bahia, nesta quinta-feira (01), no Grande Hotel da Barra, em Salvador. O evento se estende até esta sexta-feira, (02), quando acontece o I Encontro de Associações do Artesanato da Bahia.

Os encontros são promovidos pela Coordenação do Fomento ao Artesanato da Bahia (CFA), vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre)

Estão reunidos instâncias federal, estadual, municipal e de artesãos, com o objetivo de desenhar a participação de cada esfera na política pública do artesanato. Participaram da reunião esta quinta o vice-governador, Geraldo Jr., o secretário da Setre, Davidson Magalhães, o coordenador de Fomento ao Artesanato, Weslen Moreira e a Diretora de Artesanato e Microempreendedor Individual, Raissa Rossiter, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDICS).

“Reunimos neste encontro a União, o estado, municípios e as associações. Estamos dando os prmeiros passos para a criação do Fórum Estadual do Artesanato da Bahia, além de apresentar o planejamento do CFA para o ano”, explica o coordenador da CFA, Weslen Moreira. Ao final de cada encontro haverá a assinatura de Termos de Colaboração e de Intenção, respectivamente, a fim de embasar o planejamento do artesanato no estado.

Nesta sexta-feira, integrantes das associações participam da oficina Associativismo e Rede de Artesanato da Bahia, ministrada pela advogada e historiadora, Caliane Nunes, e o advogado e consultor, Lucas Seara. Está agendada, ainda, a visita ao Memorial e à exposição Memórias Afetivas Artesanato da Bahia, na Casa Artesanato da Bahia.

A Diretora de Artesanato e Microempreendedor Individual do Ministério do Desenvolvimento, Raissa Rossiter, disse que existe uma cooperação técnica firmada com a Bahia. “Neste acordo nós pactuamos ações, metas, resultados que possam permitir, proporcionar um impacto maior na vida de artesãs e artesãos. Firmamos esse acordo aqui com a Bahia, nós estamos aqui hoje para reafirmar nossa disposição de trabalharmos em parceria, vamos trabalhar tanto na esfera federal como que vocês articulem aqui no estado”.

Que o diga dona Maria do Carmo Amorim, mestra artesã de renda de bilro de Saubara. Ela disse que é a primeira vez que presencia o pode público valorizando o artesanato. “Eu trabalhei a minha vida toda em cima do artesanato e hoje a gente está vendo as pessoas se preocupando com nosso trabalho. Hoje eu vejo que os poderes públicos estão preocupados com o nosso trabalho, isso é muito bom. Então eu vejo a renda de bilro com um reconhecimento para o futuro. Porque eu pensei que eu ia morrer e os artesanatos ia acabar comigo. Mas hoje, não, eu estou vendo as pessoas se preocupando. Até lá em Saubara as meninas não queria aprender a fazer renda, hoje já tem uma quantidade de alunas Então eu tô feliz da vida porque eu tô vendo que os poderes públicos estão se preocupando comigo, não só comigo, mas com essa geração nova que está chegando porque eles agora estão se interessando aprender e isso é uma prova que ele não vai morrer comigo”, disse dona Maria do Carmo.

Desafio

O secretário da Setre, Davidson Magalhães, disse que a objetivo é fazer com que as pessoas que queiram comprar teham acesso ao artesão. “Nosso papel não é comprar produto do artesão. Nós queremos sua emancipação enquanto empreendedor. E isso nós estamos fazendo através de qualificação, acesso ao crédito, através das vitrines que estamos abrindo para o artesanato, que são várias lojas em shopping, que inauguramos recentemente, feiras”, disse.

O secretário enfatizou, ainda, que o Brasil e o mundo precisam ter conhecimento sobre riquezas culturais como a de Maragogipinho, principal produtor de cerâmica da América Latina, onde prometeu realizar um festival. “Você tem o Mercado Modelo, que você tem tudo, menos artesanato hoje em dia. É um política de resgate cultural, de resistência cultural. Se é um valor cultural, precisamos mantê-lo vivo, mas não vamos vivo com os padrões anteriores. O saber fazer, isso não muda. Mas o saber apresentar, o saber comercializar, o saber fazer a gestão, a valorização e a vitrine, tudo isso tem que mudar. Senão, nem os jovens se interessam por fazer. Então, esse é o desafio, de conjugar a manutenção da resistência cultural da valorização e da multiplicação com a política de geração de emprego e renda, do avanço do empreendedorismo”, disse.

O vice-governador Geraldo Jr. disse que o governo do estado estará empenhado em fortalecer esta importante política pública para a Bahia.

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