A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Guanambi enviou um ofício ao prefeito Nal Azevedo, manifestando “profunda indignação e surpresa” com o decreto municipal que estabeleceu feriado municipal na terça-feira, dia 13, e na quarta-feira, 14 de fevereiro.
De acordo com o documento, a entidade entende que o ato do município de Guanambi vai contra as práticas do mercado, de retomar suas atividades profissionais a partir da Quarta-feira de Cinzas, causando impacto negativo na manutenção e geração de renda para o comércio local.
A CDL ressaltou que não há festas carnavalescas na cidade (somente no distrito de Mutãs) e nenhuma programação festiva para a quarta-feira, e que cidades como Salvador e Rio de Janeiro, mesmo com festas tradicionais de Carnaval, não adotam feriado na data.
Para a entidade, a decisão pelo feriado implica em prejuízos para o comércio, que já teria sofrido em 2023 por conta da grande quantidade de feridos ao longo do ano. Além de um dia a menos de vendas, a medida causará problemas na logística das empresas e no sistema bancário e impactos em outros setores, como na indústria e serviços.
Por fim, a CDL ressaltou que a medida não foi discutida de modo a compreender os efeitos e a percepção da classe lojista, e que está à disposição para discutir alternativas que minimizem os impactos negativos do feriado para o comércio local.
“Acreditamos que o diálogo entre a Prefeitura e a classe empresarial é fundamental para o desenvolvimento do município”, finalizou o documento que a reportagem da Agência Sertão teve acesso, assinado pela presidente da entidade, Alvisa Prates e protocolizado nesta terça-feira (7).
Além de feriado municipal, nos dias 13 e 14, o decreto municipal, publicado em 31 de janeiro, estabeleceu ponto facultativo nas repartições públicas municipais na segunda-feira (11).
A Prefeitura de Guanambi ainda não se manifestou sobre o ofício da CDL.