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El Niño está chegando próximo ao fim, avalia Inmet

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Nesta quarta-feira, 17 de abril, O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou que o El Niño finalmente está cegando próximo a seu fim. O fenômeno é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico.

Nas próximas semanas, as águas equatoriais deverão atingir a condição neutra. Desde o início de abril, foi registrado um resfriamento substancial das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs), que chegaram, nos últimos cinco dias, a valores próximos a 0,5ºC (graus Celsius) acima da média, na área de referência para definição do evento, denominada região de Niño 3.4.

Esse valor de temperatura é considerado o limite para o início da fase neutra do oceano. Ainda segundo o Inmet, antes disso, as TSMs já vinham em constante esfriamento no Pacífico Equatorial. Entre os meses de fevereiro e março de 2024, as temperaturas descaíram de 1,5ºC para 1,2ºC acima da média.

Monitoramento do índice diário de El Niño/La Niña na região 3.4.
Monitoramento do índice diário de El Niño/La Niña na região 3.4.

Atualmente, os modelos climáticos analisados pelo Instituto indicam que a condição de neutralidade deve seguir até meados de junho.

Simultaneamente ao que acontece com o fenômeno El Niño, em algumas áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, as temperaturas já se apresentam mais frias que o normal, conforme indicado nos tons em verde da figura abaixo.

A persistência e a expansão destas áreas mais frias em direção a parte central do oceano, são condições favoráveis para formação do fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre do ano, conforme informado no boletim publicado pelo Inmet.

Mapa de anomalias de TSM no período de 1º a 15 de abril de 2024 - Inmet
Mapa de anomalias de TSM no período de 1º a 15 de abril de 2024 – Inmet

O La Niña consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Conforme análise do Inmet, a probabilidade é de que no trimestre junho, julho e agosto, ou seja, meados do inverno, o Brasil já esteja sob os efeitos do fenômeno.

Ainda não se pode afirmar a intensidade do La Niña, mas geralmente os impactos causados pelo fenômeno são: chuva acima da média nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Já na Região Sul e parte do Centro-Oeste e Sudeste, a chuva ocorre de forma irregular e aumentam os riscos de seca ou estiagem, principalmente durante a primavera e o verão.

Veja também: Áreas do Nordeste devem receber chuvas volumosas nos próximos dias

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