O ICMBio lançou o projeto “Vivências 3D: uma jornada virtual pelos espaços de relevância do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu”, que oferece modelos e passeios imersivos em 3D de cavernas e outros atrativos do Peruaçu.
A iniciativa tem caráter educativo, amplia a acessibilidade de públicos com mobilidade reduzida e reduz riscos e impactos inerentes ao ambiente natural sensível do parque.
Criado em 1999, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu protege um dos mais importantes conjuntos espeleológicos e arqueológicos do país, com cânions, cavernas monumentais (como a Gruta do Janelão) e paredões com pinturas rupestres.
O território abrange os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, no Norte de Minas. A visitação é estruturada em trilhas e mirantes definidos no plano de manejo, com regras de uso público para preservar as cavidades e sítios arqueológicos.
Em julho de 2025, o sítio “Peruaçu River Canyon” foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO como bem misto (valores naturais e culturais), reconhecimento que reforça a relevância internacional do conjunto de cavernas, paisagens cársticas e arte rupestre do vale. O dossiê aprovado menciona a excepcional integridade e o manejo das áreas nucleares e de amortecimento.
Do ponto de vista geográfico e ambiental, o parque está no vale do rio Peruaçu, afluente da margem esquerda do rio São Francisco, o que o integra a uma das principais bacias hidrográficas do Brasil. Essa conexão hidrológica e ecológica explica parte da diversidade de habitats e a importância do Peruaçu para a conservação do Velho Chico e de seus tributários no Norte de Minas.
Para turismo e visitação presencial, o ICMBio orienta que os roteiros sejam feitos com condutor credenciado, respeitando limites de uso por trilha e eventuais agendamentos. Os principais atrativos incluem percursos às cavernas, mirantes e painéis de arte rupestre, com informações atualizadas nos canais oficiais do parque.
Com o Vivências 3D, o órgão ambiental disponibiliza conteúdo virtual para apoiar educação ambiental, democratizar o acesso a pessoas que não podem percorrer trilhas extensas e minimizar o impacto sobre sítios frágeis, sem substituir a experiência in loco para quem planeja visitar a unidade.
