Começaram nesta quarta-feira, 5 de novembro, as obras para aumentar a capacidade de bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), com o início da fabricação dos condutos das estações EBI-1, EBI-2 e EBI-3. A produção ocorre na GM5 Indústria de Tubos, em Cascavel (CE), e marca mais uma etapa do Novo PAC voltada à segurança hídrica do Nordeste setentrional.
O secretário nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, e o diretor do Departamento de Projetos Estratégicos da SNSH, Bruno Cravo, acompanharam o início da fabricação. Segundo Vieira, a ordem de serviço foi dada pelo presidente Lula em junho, em Salgueiro (PE).
O objetivo é duplicar a vazão do Eixo Norte, que hoje é de 24 m³/s, para 50 m³/s. “O coração do contrato são motores, bombas e os condutos que começaram a ser produzidos”, afirmou.
O projeto prevê a ampliação das três estações de bombeamento com a instalação de 674 metros de tubulações, de 1.800 a 3.000 milímetros de diâmetro e quase 1.000 toneladas de peso total. A logística de transporte utilizará 190 carretas. Durante a fabricação, a unidade industrial contará com 180 trabalhadores diretos e 45 indiretos.
Para Bruno Cravo, a fase iniciada é determinante para a operação expandida. Ele destaca o investimento de R$ 500 milhões, que dará sustentabilidade ao funcionamento dos ramais do Apodi e do Salgado, ambos em implementação. A iniciativa integra a carteira do Novo PAC e busca garantir estabilidade operacional do sistema.
De acordo com o MIDR, o reforço no Eixo Norte é essencial para abastecimento e segurança hídrica de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A meta é ampliar o alcance do fornecimento de água, beneficiando direta e indiretamente mais de 14 milhões de pessoas na região, além de aprimorar o atendimento às 12 milhões já alcançadas pelo projeto.
A fabricação das peças em Cascavel antecede as próximas etapas de montagem e comissionamento nas estações de bombeamento. Com a duplicação da capacidade, o governo prevê ganho operacional para enfrentar períodos de estiagem, reforçar a oferta para centros urbanos e perímetros irrigados e aumentar a resiliência do sistema de adução integrado ao São Francisco.
