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Guanambi tem as menores taxas de mortalidade e letalidade pelo coronavírus

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Mesmo com o primeiro óbito de paciente com a Covid-19, registrado no último sábado (22), Guanambi possui a menor taxa de mortalidade e a segunda menor taxa de letalidade entre os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes. As informações estão disponíveis no painel SUS analítico, do Ministério da Saúde.

Nesta terça-feira (25), o município chegou à marca de 322 casos da doença, com 238 pacientes recuperados e 83 em tratamento, sendo que apenas dois pacientes estão hospitalizados.

Municípios com mais de 50 mil habitantes com menores taxas de mortalidade – Fonte: SUS Analítico

A taxa de mortalidade é de 1,18 óbitos por grupo de 100 mil habitantes, a menor entre todos os municípios que já registraram óbitos pela Covid-19. A média do estadual da Bahia é de 34 óbitos e do Brasil é de 55,5 vítimas para cada 100 mil habitantes.

Já em relação à letalidade, quando se divide o número de óbitos pelo total de casos, Guanambi também tem uma das menores taxas, 0,3%. Entre os municípios com mais de 50 mil habitantes, apenas Tucano, também na Bahia, possui taxa menor. Lá foram registrados 449 casos e um óbito em decorrência da doença, letalidade de 0,22%.

Alguns municípios menores têm mais de 300 casos da Covid-19 e ainda não registraram óbitos. Destaque para Fernando Falcão, município maranhense de 10,4 mil habitantes, com 729 casos e nenhum óbito.

Municípios com maior número de casos e sem registros de óbitos por Covid-19 – Fonte: SUS Analítico

A média estadual é de 2,1% de letalidade e a média nacional é de 3,2%. Alguns fatores, como a política de testagem de cada região, podem interferir na obtenção real da taxa de letalidade. Onde há muita subnotificação, a letalidade costuma ser maior.

Trabalho preventivo

Segundo Manoel Paulo, secretário municipal de Saúde, os bons resultados no combate ao coronavírus em Guanambi são fruto da antecipação do município no trabalho de prevenção e acompanhamento dos casos. “Nós iniciamos as atividades bem antes do primeiro caso. Acredito que os impactos estamos colhendo agora”, disse.

Ele credita sucesso até agora aos trabalhos de prevenção, promoção e assistência dada pelas vigilâncias sanitárias, epidemiológica e atenção básica. “Temos um protocolo completo de prevenção e tratamento da doença, avaliamos detalhadamente cada caso. As equipes estão sempre prontas com o objetivo de minimizar os impactos da pandemia para a população”, comenta.

A preocupação no entanto é com o aumento recente do número de casos. Somente na semana passada foram 63, nesta semana, em dois dias, já são 16 confirmações. “Muitos jovem, por acharem que são saudáveis, estão relaxados. Eles estão levando o vírus para dentro de casa, estamos internando pessoas mais idosas e isso é uma preocupação”, concluiu.

Foto: Edu Vale | Agência Sertão

O município de Guanambi montou duas estruturas para o tratamento de pacientes com a Covid-19. Um hospital privado desativado no centro da cidade foi transformado em uma unidade de Pronto Atendimento para pacientes com síndromes gripais. Desde o início da pandemia, cerca de duas mil pessoas procuraram atendimento no local. Até o momento, 17 pessoas ficaram internadas nesta unidade de saúde.

Outra estrutura foi montada onde funciona o Hospital Municipal. No local estão funcionando leitos de estabilização de pacientes, dotados de equipamentos de respiração e monitoramento. Casos mais graves da doença geralmente são transferidos para hospitais de referencia em Vitória da Conquista ou Salvador.

Além dos testes rápidos  e das coletas de materiais para o exame laboratorial PCR, o município já realizou dezenas de exames de raio-x e de tomografia em pacientes com confirmação ou suspeita da Covid-19.

Barreiras itinerantes

A partir da próxima segunda-feira (31), a secretaria de Saúde vai instalar barreiras sanitárias itinerantes. O objetivo é reforçar o trabalho de busca por pessoas que possam estar infectadas pelo novo coronavírus. As barreiras das entradas da cidade serão desativadas.

O secretário informou que as barreiras sanitárias foram eficientes, no entanto, perderam a eficacia pelo fato da transmissão do vírus ser comunitária atualmente. “Hoje existe uma preocupação mais interna por parte da secretaria, nesse sentido vamos desativar essas barreiras e colocar os profissionais nas ruas para fazer o serviço educativo”, comentou Manoel Paulo.

 

 

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