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Vitória da Conquista

Chuvas podem voltar às regiões de Guanambi e Vitória da Conquista no fim de semana

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Depois de dar uma trégua no último fim de semana, o tempo deve mudar novamente a partir de sábado (14) e pode voltar chover sobre parte da Bahia a partir do próximo domingo (15), incluindo as regiões de Guanambi, Vitória da Conquista e todo o Sul do Estado.

Os modelos meteorológicos estão prevendo a formação de uma nova Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), o que deve deixar o tempo chuvoso durante toda a próxima semana. Na previsão atual, os volumes acumulados nestas regiões devem oscilar entre 30 e 60 mm.

A chuva deve atingir ainda boa parte do Estado de Minas Gerias, principalmente a região Central, além de outras áreas das regiões, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e parte do Sul, com exceto o Rio Grande do Sul, que passa por estiagem.

No decorrer desta semana, o calor deve aumentar em Guanambi, podendo a máxima superar os 33ºC a partir da próxima quinta-feira (12). A umidade relativa do ar cai no início da semana, podendo chegar a 20% nas horas mais secas do dia. Com o avançar da semana, os índices devem melhorar a níveis superiores a 40%.

Em Vitória da Conquista, as máximas não devem superar os 29ºC e durante as madrugadas pode fazer frio, com mínimas na casa dos 15ºC. A umidade relativa do ar deve ficar acima de 40% na cidade.

Em Guanambi, a temporada chuvosa já tem acumulado de 170 mm, considerando os 80 mm registrados em outubro, incluindo um temporal com registro de granizo e mais 90 mm acumulados entre 1º e 6 de novembro. Os dados são do pluviômetro da Agência Sertão, instalado no Centro de Guanambi.

As primeiras chuvas já foram suficientes para alterar o volume de água armazenada nos reservatórios da região. Em Ceraíma entrou mais de 1,2 milhão de metros cúbicos de água, chegando a 84,5% de sua capacidade. Já em Poço do Magro, o volume ficou estável em 46,6% na última semana, depois de várias semanas de diminuição do nível. No município de Urandi, a barragem do estreito ganhou cerca de 600 mil metros cúbicos, estando sua capacidade em 22%. Já a barragem de Cova da Mandioca ainda não iniciou a recuperação, estando no momento com 7% de sua capacidade.

Já em Vitória da Conquista, o acumulado da temporada é de 200 mm, sendo 96 mm em outubro, incluindo um temporal com alagamentos no dia 31 e mais 104 mm na primeira semana de novembro. Os dados são da Estação Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalada no Campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Previsão para o Nordeste

Mesmo sob fenômeno La Niña moderado, nem todo o Nordeste receberá chuva acima da média histórica no trimestre novembro-dezembro-janeiro. A faixa norte receberá menos chuva do que o normal. A precipitação ficará acima da média histórica no leste da região e em boa parte da Bahia. A má distribuição da precipitação repercutirá na temperatura, com calor acima do normal no norte do Nordeste e temperatura mais baixa na Bahia.

Especificamente em novembro, a precipitação acima da média histórica será observada no sudoeste, oeste e litoral da Bahia e entre Sergipe e o leste de Pernambuco. Por outro lado, o mês será menos chuvoso do que o normal em boa parte do Maranhão e Piauí.

Nos primeiros cinco dias de novembro, há previsão de acumulados elevados na Bahia e no centro e sul dos Estados do Piauí e Maranhão. Mas nos dois últimos estados, o segundo evento significativo acontecerá somente nos últimos dias de novembro. Daí o desvio negativo de precipitação previsto para o mês.

O calor permanecerá acima da média histórica no Maranhão e no Piauí, mas a temperatura ficará abaixo da média histórica na Bahia, especialmente no sul do estado.

Em dezembro, boa parte do Nordeste receberá chuva acima da média, com destaque para acumulado até 100 mm mais elevado do que o normal no extremo sul, resultando em acumulado absoluto próximo de 300 mm. Entre o leste do Piauí e a costa leste da região, choverá entre a média e abaixo da média.

A temperatura permanecerá mais baixa do que o normal no sul da Bahia. Já entre o Maranhão e Ceará, mesmo com precipitações mais intensas, a temperatura ficará mais elevada do que a média histórica.

Em janeiro, espera-se um padrão semelhante ao de dezembro com precipitação acima da média no oeste da Bahia, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e costa leste do Nordeste. Por outro lado, ao longo de todo o litoral da Bahia e no sertão de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, a chuva ficará abaixo da média.

O calor acima do normal será percebido na maior parte da região, indicando que a chuva, mesmo acima do normal, acontecerá na forma de pancadas. Não há previsão de grandes invernadas. Somente no oeste do Maranhão, a chuva será mais persistente e a temperatura ficará abaixo da média histórica.

Entre fevereiro e abril, a atmosfera continuará respondendo como La Niña, mas não será suficiente para chuva acima da média em todo o Nordeste. Todo o leste da região e áreas do vale do São Francisco da Bahia receberão menos chuva que o normal. A precipitação acima da média será vista na costa do Ceará, norte do Piauí, Maranhão e algumas áreas do oeste e sul da Bahia.

O trimestre será caracterizado por temperatura próxima da média histórica. Somente o vale do São Francisco permanecerá sob calor no período.

La Ninã

Em recente boletim da Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa), do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos, foi indicado que a anomalia da temperatura na porção central do oceano pacífico Equatorial está no limite da categoria considerada moderada, com -1,4°C. Para ser considerado um evento forte, a anomalia pode variar entre -1,5°C e 1,9°C. O fenômeno é semelhante aos anos de 2007 e 2010, que foram os mais fortes dos últimos 20 anos.

Este cenário corrobora com a chuva irregular que já está sendo verificada na região sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No entanto, segundo especialistas, não deve ser algo para alarmar ainda mais os produtores rurais do Sul. “Não há relação linear entre o aumento de intensidade da anomalia no oceano com os impactos diretos no clima do Brasil”, diz Celso Oliveira, da Somar Meteorologia. Segundo ele, isso é comprovado com as pancadas de chuva mais frequentes a partir da segunda semana de novembro em Santa Catarina e no Paraná. O Rio Grande do Sul deve apresentar os maiores déficits hídricos neste último bimestre de 2020, mas isto não quer dizer também total ausência de chuva.

Em contrapartida, para o Nordeste o La Niña é uma notícia boa, já que costuma favorecer os elevados volumes acumulados pela região. O oeste e sul da Bahia já vai ter chuva acima da média em novembro favorecendo o plantio da soja. No entanto, mesmo sob fenômeno La Niña moderado a forte, nem toda a região Nordeste vai receber chuva acima da média histórica no trimestre novembro-dezembro-janeiro. A faixa norte da região vai receber menos chuva que o normal. A precipitação ficará acima da média histórica no leste do Nordeste e em boa parte da Bahia.

A má distribuição da precipitação repercutirá na temperatura com calor acima do normal no norte do Nordeste e temperatura mais baixa na Bahia. Especificamente em novembro, a precipitação acima da média histórica será observada no sudoeste, oeste e litoral da Bahia e entre Sergipe e o leste de Pernambuco. Por outro lado, o mês será menos chuvoso que o normal em boa parte do Maranhão e Piauí. Nos primeiros cinco dias de novembro, há previsão de acumulados elevados na Bahia e no centro e sul dos Estados do Piauí e Maranhão. O calor permanecerá acima da média histórica no Maranhão e no Piauí, mas a temperatura ficará abaixo da média histórica na Bahia, especialmente no sul do Estado.

A tendência é novembro ter chuva acima da média na metade norte do Brasil, pegando parte de Mato Grosso, Minas Gerais e Norte e Nordeste, e abaixo da média na metade sul, incluindo Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em dezembro, esta divergência fica ainda mais nítida com anomalias mais positivas e chuva bem acima da média na faixa norte com até 100 milímetros acima do normal.

Da Agência Sertão com informações do Canal Rural

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