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Três a cada quatro vítimas da Covid-19 em Guanambi tinham 60 anos ou mais

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Três a cada quatro vítimas da Covid-19 em Guanambi tinham 60 anos ou mais. Do total de vítimas (45), pelo menos 33 (73,3%) estava na respectiva faixa etária e 12 (26,6%) tinham menos de 60 anos. Esses dados foram extraídos das notas de pesar da Secretaria Municipal de Saúde e elencados pela Agência Sertão.

Vale ressaltar que a maioria dos infectados pelo coronavírus em Guanambi são pessoas de 40 a 59 anos. Dos 5.135 casos positivos, 1.513 (29,46%) tem a respectiva idade, 1.321 (25,27%) tem de 30 a 39 anos, 1.146 (22,31%) 20 a 29, 538 com 60 anos ou mais, 405 de 10 a 19 anos e 212 de 0 a 9 anos.

Levando em consideração os 33 óbitos de pessoas com 60 anos ou mais a taxa de letalidade da doença é de (6,1%). Isso significa que a cada 16 pessoas dessa faixa etária que é infectada pela doença, uma vem a óbito em Guanambi.

Dentre os 45 óbitos confirmados no município, 28 (62,22%) era do sexo masculino. Apesar de três mulheres terem vindo a óbito por complicações da Covid-19, nos quatro últimos óbitos registrados, o percentual de vítimas do sexo feminino é menor.

Do total de óbitos (45), foram 17 pacientes (37,77%) do sexo feminino. A média de idade das mulheres é de 74 anos, incluindo uma criança de 5 anos (a mais jovem), portadora de Neuropatia (Anóxia Perinatal e Paralisia Cerebral). A média de idade dos homens é de 68 anos. Dos 28 homens, 10 tinham menos de 60 anos, dentre eles um jovem de 26, com síndrome de Down e um adolescente de 15 anos com Doença Renal Crônica.

Embora os homens representem a maior parte das mortes, são as mulheres as mais infectadas até o momento. Dos 5.135 casos da Covid-19 em Guanambi, 2.703 (52,6%) foram em mulheres e 2.432 (47,4%) em homens. A taxa de letalidade entre as mulheres é de 0,62%, enquanto a dos homens é quase o dobro, 1,1%. Isso significa que a cada 90 homens infectados pela doença, um vem a óbito.

Hipertensão Arterial e Diabetes são as comorbidades mais comuns entre as vítimas

Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica são as comorbidades mais comuns entre as vítimas da Covid-19 em Guanambi. Dos 45 óbitos registrados na cidade, até o momento, 14 vítimas possuíam Diabetes Mellitus e 28 Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Dessas, pelo menos 10 apresentaram as duas comorbidades associadas.

De acordo com a médica endocrinologista, Thaís Oliveira, o diabetes é uma doença crônica caracterizada por aumento dos níveis de glicemia (açúcar no sangue) em decorrência de defeitos na ação e/ou produção da insulina.

Segundo Oliveira, estudos recentes indicam que as elevações da glicemia estão associadas a uma intensa resposta inflamatória, alterações da imunidade e hipercoagulabilidade (aumento da chance de formação de trombos nos vasos), resultando em formas mais graves da COVID-19.

Ressaltou ainda que pacientes diabéticos e obesos possuem mais inflamação, o que aumenta também a gravidade do quadro.

Para Oliveira, os diabéticos que já estão contaminados pela COVID-19 precisam desenvolver um controle rígido da glicemia, pois isso poderá limitar a replicação do vírus (menos multiplicação, menor carga viral), encurtando o tempo de duração da doença, e, consequentemente, reduzindo a ocorrência de complicações mais graves.

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