Guanambi perdeu um de seus maiores incentivadores do esporte. O senhor Altino Santos, conhecido como “Seu Altino ou Altinão”, morreu na madrugada deste sábado (5). Ele é muito conhecido na cidade por seu trabalho nas escolinhas de futebol e pela presença constantes nos eventos esportivos.
Segundo informações de familiares e amigos, a morte ocorreu em sua residência, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Diabético, ele foi submetido recentemente a amputação de uma das pernas. Seu Altino venceu a Covid-19 há algumas semanas. Ele foi infectado mesmo após tomar a vacina, teve apenas sintomas leves e se recuperou em poucos dias.
O trabalho de “Seu Altino” será lembrado pelos amantes do futebol no município. Foi no antigo Centro Social Urbano (CSU) que ele incentivou muitos jovens a seguir o caminho do esporte, dando-lhes a oportunidades da prática esportiva e tirando-lhes dos riscos das ruas com seus conselhos. O ex-jogador Tatu, recém aposentado dos gramados, ganhou sua primeira chuteira do treinador. Com este incentivo, atuou profissionalmente em vários clubes país afora e se tornou ídolo do Vitória da Conquista.
Outro jogador revelado na escolinha de Altino foi Tom. Ele saiu direto para a equipe do Brusque de Santa Catarina. De lá, ele foi negociado para o Catania, da Itália.
O radialista Chitão Castro, o “Chitãozinho da Bahia”, classificou “Seu Altino” como uma lenda do esporte Guanambiense. “Altino fez muito para o nosso esportes, fazia com prazer e muita dedicação. Ele era o marco, a referência e o respeito para todos nós, amigo, ídolo e simpatia de um ser humano. Crianças, jovens e adulto, todos reverenciavam a forma e a postura do nosso guerreiro”, comentou nas redes sociais.
O amigo e vizinho Lacoci também falou do carinho com os amigos e da alegria que Altino emanava em todas as ocasiões. “Morreu como um herói, como um guerreiro. Uma pessoa que ajudou muita gente no futebol, contribuiu muito com as crianças e adultos. Muita gente de bem agradece a Altino pela pessoa que ele foi e por quem se tornaram após sua influência. Ninguém conseguia ver Altino triste, ele era sempre sorridente, brincalhão e contador de história. Onde ele chegava, as pessoas encostavam para ouvir as histórias, do futebol e da vida dele. Que Deus o receba como ele merece, vamos estar aqui sempre lembrando do seu legado”, disse.
Altino foi velado pela manhã e sepultado no início da tarde, Cemitério Jardim Juliana.