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Renova e AES fazem acordo para projeto futuro de geração de energia eólica

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A Renova Energia formalizou nesta quinta-feira (27), a aceitação de proposta apresentada pela AES, mediante a celebração de um contrato de compra e venda, para a alienação de parte de  ativos do Complexo Cordilheira dos Ventos, localizados no Estado do Rio Grande do Norte, com capacidade de desenvolvimento eólico de 305MW.

De acordo com a empresa, Cordilheira do Ventos é um dos 16 complexos eólicos  que integram o portfólio de projetos futuros da Renova no Nordeste do país. O valor da transação não foi informado.

Parte dos recursos arrecadados na conclusão da operação, que está sujeita a condições precedentes, será usado para antecipar a amortização de dívidas com o BNDES, Citibank e Cemig. Outra parte será destinada ao caixa da companhia para uso na  operação. Esta é a primeira venda de um ativo do portfólio futuro da Companhia.

A alienação faz parte do plano de recuperação judicial da Renova, aprovado em dezembro de 2020. “Estamos cumprindo o nosso planejamento de reduzir o endividamento e fortalecer o caixa da companhia”, diz Marcelo Milliet, CEO da Renova.

Mesmo com a venda, a Renova segue como detentora de parte do Complexo Cordilheira dos Ventos, com uma área remanescente com potencial de geração de 315 MW.

A conclusão da operação está condicionada à realização de leilão previsto para março, em que outras empresas poderão fazer ofertas pelo ativo. Havendo oferta superior em 2% ao valor estipulado no negócio fechado com a AES, o Complexo poderá ser transacionado com outros interessados.

A Renova  tem em seu pipeline 16 projetos com potencial de geração de 6 GW de energia em toda região Nordeste, sendo que 12 parques eólicos com potencial de geração de 3,6 GW já possuem Licenças Ambientais. Deste total, parte será alienada e outra parte reservados para projetos da própria Renova.

A retomada do desenvolvimento de projetos futuros da Renova acontece no momento em que a companhia se prepara para colocar em operação comercial o Complexo Eólico de Alto Serão III – Fase A, um dos 10 maiores da América Latina,  que conta com 155 torres de geração de energia,  distribuídas em 26 projetos, em 6 municípios da Bahia (Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi).

A Renova informou ainda que vem reorganizando seus ativos para sanear dívidas e retomar os investimentos da companhia, com foco em geração eólica e solar. Em 20 de setembro de 2021, a Renova vendeu a sua participação no Complexo Hidrelétrico Serra da Prata (ESPRA), que reúne três PCHs localizadas no estado da Bahia, com capacidade de geração de 41,8 MW´s. Com a conclusão da transação, esperada para o início deste ano, a Renova terá alineado 100% das ações que o grupo detém no complexo, em operação de R$ 265 milhões.

Também em setembro de 2021,  a companhia formalizou a assinatura dos contratos para a venda de sua participação de 51% na Brasil PCH, unidade de negócios do grupo que reúnia 13 usinas de pequeno porte localizadas em Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro com capacidade de geração de 291 MW´s. A venda, concluída em 01 de dezembro de 2021, foi realizada para a BSB Energética e Eletroriver, acionistas minoritários da Brasil PCH, que exerceram o direito de preferência previsto no Acordo de Acionistas da Brasil PCH, em transação de R$ 1,1 bilhão.

A dívida da Renova informou também que a dívida foi reduzida em R$ 1 bilhão desde o início do Recuperação Judicial. Restam R$ 2 bilhões em dívidas que têm prazo de pagamento previsto de 10 anos. “A dívida será quitada com geração de caixa do complexo Eólico de Alto Sertão III e a venda de parte dos ativos dos projetos futuros”, ressaltou a empresa.

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