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Barragens de Guanambi têm 42% mais água do que no mesmo período do ano passado

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As chuvas intensas de dezembro do ano passado e do início de janeiro fizeram as barragens de Ceraíma e Poço do Magro sangrar simultaneamente pela primeira vez desde quando foram construídas.

Passado o período de quase quatro meses sem chuvas significativas na região de Guanambi, o volume de água armazenada nos dois reservatórios continua alto quando comparado com o mesmo período do ano passado.

De acordo com dados divulgados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paranaíba (Codevasf), as duas barragens juntas armazenam no momento 74,1 milhões de metros cúbicos (m³) de água.

Ceraíma sozinha tem 43 milhões de m³ no momento, o que equivale a 84,2% de seu volume total, ou 94% do volume útil. No início de agosto do ano passado, o volume era de 37,6 milhões de m³, o equivalente a 73,6% da capacidade, de 51,1 m³.

Poço do Magro também está com 84% de seu volume total. São mais de 31 milhões de m³ acumulados. No ano passado o volume era bem menor, 12,6 milhões de m³ ou 34,9% da capacidade, de 37 milhões de m³.

Após atingirem o volume máximo em janeiro, as duas barragens continuaram sangrando por aproximadamente seis semanas. Como as chuvas ficaram mais escassas nos meses seguintes, elas começaram a perder volume na segunda semana de março.

Os dados observados de alocação de água indicam que a retirada para o abastecimento humano superou o volume para irrigação em junho. Nos último doze meses, o Sistema Adutor do Algodão retirou em média 232,9 litros de água por segundo (l/s) do reservatório e o Sistema de Abastecimento de Água de Guanambi (SIAA) cerca de 70 l/s.

Já o Perímetro Irrigado de Ceraíma retirou 158,9 l/s em média. Dezembro mês mais chuvoso, foi quando ocorreu o menor volume retirado no período, apenas 20,6 l/s. Já o mês de maior retirada foi abril, com média de 250,20 l/s.

Desde que começou a perder volume, em março, o reservatório perdeu aproximadamente 8 milhões de m³. Quase a metade da perda ocorreu por conta da evaporação, que deve se intensificar nos próximos meses com o aumento da temperatura.

Previsão de chuva

As previsões ainda não são muito precisas para o início da temporada chuvosa na região. As mais otimistas indicam que elas devem começar a ocorrer entre na virada do mês de setembro para outubro e que devem ficar regulares durante todo o período chuvoso, com maior intensidade em dezembro e janeiro, quando a barragem devem voltar a ganhar volume.

Guanambi está a 112 dias em estiagem agrícola, período sem chuvas de pelo menos 10 mm num intervalo de 24 horas. A última chuva mais expressiva aconteceu em 17 de abril. O acumulado de chuva da estação 2021/2022 foi de 828 mm registrados pelo pluviômetro da Agência Sertão, localizado no Centro da cidade.

Estreito e Cova da Mandioca

As barragens de Estreito e Cova da Mandioca, no município de Urandi, também ganharam bastante volume em relação a agosto de 2021.

Estreito tinha 16,8 milhões de m³ armazenados à época, Agora tem 30,3 m³. Em termos percentuais o volume era de 32% há um ano e agora é de 47%.

Em Cova da Mandioca a diferença é ainda maior. O reservatório tinha apenas 2,8 milhões de m³ na ocasião, o que equivale a apenas 2% de sua capacidade. Atualmente estão armazenados 78,6 milhões de m³, 62% do volume útil.

Os bons volumes reservados pelas barragens em Guanambi e Urandi vão garantir fartura de água para os agricultores que dependem da irrigação nestas localidades.

Veja também:

https://agenciasertao.com.br/2022/08/08/temperaturas-podem-superar-os-35oc-em-guanambi-durante-boa-parte-de-agosto/

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