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Mais de mil peixes já morreram em ponto de contaminação no Rio São Francisco na Bahia

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Ainda não se sabe o motivo que está levando à mortandade de peixes em um trecho do Rio São Francisco na zona rural de Juazeiro, na divisa da Bahia com Pernambuco. O problema foi detectado por moradores da comunidade de Guanhães, na região de Itamotinga, no último sábado (4) e até esta terça-feira (7) mais de mil peixes morreram.

Diante da situação, uma equipe de mais de 200 técnicos de diversos órgãos estão na cidade para identificar o que causou a contaminação das águas, já que uma análise inicial identificou que não se trata um de fenômeno natural. Eles estão participando da Fiscalização Preventiva Integra (FPI) e as ações coincidiram com o problema na região.

As equipes participantes foram informadas sobre o problema assim que chegaram a Juazeiro e imediatamente se mobilizaram para apurar a situação. “Foi detectada a presença, no Riacho Boqueirão, de falta de oxigenação – uma oxigenação zero – que provoca essa condição, e que não foi um fenômeno natural. Algo aconteceu, impactou as águas e provocou essa mortandade” , disse a promotora de justiça Luciana Cury, coordenadora-geral da FPI.

A Prefeitura de Juazeiro informou que a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano e o Serviço de Água e Saneamento Ambiental (SAAE) também estão envolvidos na análise da água. A expectativa é de que as investigações sejam concluídas brevemente, mas ainda não há previsão para que isso aconteça.

Por conta da interrupção do abastecimento, as comunidades de Guanhães, Itamotinga, Juremal, Carnaíba e Maniçoba recebem carros-pipa para consumo humano. No município de Curaça, o serviço de abastecimento monitora frequentemente a qualidade da água para garantir que a contaminação não chegue ao município.

A orientação de não consumir água e pescado do local permanece até que a análise das amostras coletadas, realizada em laboratório, apresente os resultados para identificar os responsáveis e as medidas adequadas sejam tomadas.

“Estamos buscando levar às comunidades o abastecimento através de carro-pipa até a normalização desta situação. Estamos aguardando as análises para que possamos retomar o abastecimento de forma segura e saber o que realmente houve aqui na região”, destaca o diretor-presidente do SAAE, Anderson Freire.

Reunião

Na manhã desta terça-feira (7), o diretor-presidente do SAAE recebeu representantes de diversos órgãos, dentre eles, Ministério Público da Bahia, por meio da FPI, programa que atua em Defesa do Velho Chico, composta por entidades federais, estaduais e municipais, além de órgãos ligados ao meio-ambiente.

Freire destacou as ações que já foram tomadas pela Prefeitura, através das secretarias envolvidas, e também recebeu do FPI as medidas que já foram tomadas pelo coletivo, como coletas para análises da água e a preocupação com a saúde da população. “É muito importante que todos estes órgãos, além do poder público municipal, estejam inseridos neste contexto, que, no final, quer uma coisa só: a saúde da população e do nosso Rio São Francisco”, defendeu Anderson.

 

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