O Ministério da Agricultura e Pecuária está trabalhando em um projeto para a conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis. Este incremento pode, praticamente, dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem gerar desmatamento.

De acordo com a pasta, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção é considerado o maior plano de produção sustentável de alimentos do mundo. O projeto se tornou uma ação do Governo Federal por meio de um decreto do presidente Lula, assinado no de 5 de dezembro.

A proposta de recuperação de áreas degradadas foi discutida nesta quinta-feira (31), peloministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que recebeu o ministro-chefe de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Eles falaram sobre as pautas prioritárias da agropecuária brasileira e debateram as propostas apresentadas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão. Padilha entregou as propostas do Grupo de Trabalho Áreas Degradadas do Conselhão.

“Vamos construir junto com o ministro Fávaro uma proposta de recuperação das terras degradadas”, declarou o ministro-chefe de Relações Institucionais.

Além da recuperação e conversão das áreas avaliadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como de baixa produtividade e com alta aptidão para a agricultura, o Programa prevê a adoção de medidas de rastreabilidade e sustentabilidade que contribuem com a segurança alimentar e climática do planeta.

“Podemos e vamos intensificar a produção de alimentos sem avançar nas áreas preservadas do país e, mais, fazendo a cobertura foliar, o tratamento do solo, permitindo, inclusive, o sequestro de carbono”, detalhou Fávaro.

Durante o encontro, Padilha também tratou com Fávaro a agenda prioritária do Congresso Nacional para o setor agropecuário e o reforço para o Plano Safra 2023/2024 e também as medidas de transição energética em ações como o Hidrogênio Verde e o Combustível do Futuro.