A produção de petróleo e gás natural do pré-sal brasileiro atingiu um novo recorde em setembro, totalizando 4,143 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3 de novembro, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural.
Apesar do recorde no pré-sal, a produção nacional total, incluindo pré-sal, pós-sal e terra, somou 5,114 milhões de boe/d, ligeiramente abaixo do recorde histórico registrado em julho deste ano, com 5,160 milhões de boe/d.
Petróleo e gás natural
Em setembro, a produção de petróleo atingiu 3,915 milhões de barris por dia (bbl/d), um crescimento de 0,5% em relação a agosto e de 12,7% em comparação com setembro de 2024.
Já a produção de gás natural foi de 190,60 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), representando aumento de 0,9% ante agosto e de 12,1% na comparação anual.
No pré-sal, a produção ocorreu por 169 poços, correspondendo a 81,1% do total nacional. Separadamente, foram produzidos 3,209 milhões de bbl/d de petróleo e 148,37 milhões de m³/d de gás natural, um aumento de 2,7% em relação ao mês anterior e de 12,5% em comparação com setembro de 2024.
Aproveitamento do gás natural
O aproveitamento de gás natural atingiu 97,9%, com 66,24 milhões de m³/d disponibilizados ao mercado e queima de apenas 4,10 milhões de m³/d, redução de 16,1% em relação ao mês anterior.
Origem da produção e principais campos
Os campos marítimos foram responsáveis por 97,6% da produção de petróleo e 85,7% do gás natural. A Petrobras, sozinha ou em consórcio, respondeu por 91,29% do total produzido. A produção nacional contou com 6.533 poços, sendo 524 marítimos e 6.009 terrestres.
Entre os destaques, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor, com 818,08 mil bbl/d de petróleo e 40,48 milhões de m³/d de gás natural.
A maior produção de petróleo por instalação foi registrada pelo FPSO Almirante Tamandaré, nos campos de Búzios e Tambuatá, com 222.160 bbl/d, enquanto a maior produção de gás natural coube ao FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com 12,13 milhões de m³/d.
Consulta aos dados do boletim
O boletim da ANP está disponível em formato PDF e também de forma interativa via ferramenta de Business Intelligence (BI), permitindo consultar períodos específicos, campos, estados e bacias.
A ANP lembra que variações na produção são esperadas devido a paradas programadas para manutenção, entrada de novos poços e comissionamento de unidades de produção, medidas que visam garantir operação estável e aumento gradual da produção.