O Tribunal do Júri da Comarca de Caetité condenou, nesta terça-feira, 4 de novembro, o jovem Bruno Santana a 29 anos de reclusão, em regime fechado, pelo atropelamento que causou a morte do menino Arthur Rocha, de 8 anos.
Segundo a denúncia, Bruno empinava uma motocicleta no domingo do dia 2 de fevereiro, quando atingiu pai e filho e fugiu sem prestar socorro.
A sessão, presidida pelo juiz Pedro da Silva Silvério, começou às 9h30 e se estendeu até o fim da tarde, com depoimentos de testemunhas de acusação e defesa, além dos debates entre a promotoria e a defesa.
Em entrevista à imprensa local, a promotora de Justiça, Daniele Chagas, avaliou o resultado como justo e em conformidade com o sentimento da sociedade.
“Foi um resultado soberano, em consonância com o que diz a lei e com os anseios de uma sociedade civilizada, que quer segurança nas vias e deseja que seus filhos possam transitar de forma ordeira”, afirmou.
Já o advogado de defesa, Manoel Aprígio Neto, afirmou que a defesa apresentou argumentos consistentes, mas o entendimento do júri foi diverso.
“Houve um debate concreto por parte da defesa. Foram expostas as provas, mas os jurados não compreenderam da forma como apresentamos. Vamos analisar, junto com os demais advogados do escritório, se há necessidade de interpor recurso, pois entendemos que a decisão foi contrária às provas do processo”, declarou.
“Respeitamos a decisão dos jurados e vamos avaliar as possibilidades dentro do que a lei prevê”, acrescentou.
A leitura da sentença foi marcada por emoção. Familiares se comoveram no plenário, enquanto o juiz Pedro da Silva Silvério ressaltou que espera que a decisão “traga algum alívio ao coração da família”.
O julgamento contou com o apoio da 94ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e mobilizou a comunidade local, que acompanhou o caso desde o acidente que comoveu Caetité e região.