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Vitória da Conquista

MPT investiga denúncia de tortura em fazenda no município de Cocos

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito civil nesta terça-feira (17) para investigar denuncia de tortura sofrida por um trabalhador rural no município de Cocos, localizado na região de Santa Maria da Vitória.

O caso ocorreu na última quarta-feira (11), mas só chegou ao conhecimento do órgão esta semana, após ocorrência registrada na delegacia de polícia civil de Cocos.

De acordo com a polícia, a vítima Deleon Rodrigues, 37 anos, relatou que foi despido, algemado e trancado em um cômodo escuro para ser espancado por seguranças da fazenda Santa Colomba, no município de Cocos.

O trabalhador rural conseguiu fugir do quarto após arrombar a porta e ficou escondido em uma região de mata. No dia seguinte, os colegas o encontraram algemado com hematomas e apenas de cueca. Os funcionários gravaram um vídeo denunciando a situação.

Deleon é morador do território quilombola de Tijuaçu, em Senhor do Bonfim, a 941 km de Cocos, e estava trabalhando na produção de tabaco da fazenda.

A vitima afirma que voltava da cidade para a fazenda junto com outros trabalhadores que foram para receber o pagamento em um ônibus. Na volta, segundo Deleon, o veículo foi parado na guarita da fazenda, e todos os trabalhadores foram revistados como de costume.

Ele afirma que o que teria irritado os seguranças foi o fato de que ele levava consigo uma pequena garrafa com cachaça. O caso será investigado pela unidade territorial de Cocos e acompanhado pelo Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis.

O MPT deverá solicitar informações aos órgãos que iniciaram a apuração, assim como ao Departamento de Polícia Técnica, para onde a vítima foi encaminhada no intuito de realizar exame de corpo de delito.

Ainda serão ouvidas testemunhas antes de solicitar as informações necessárias ao empregador. O MPT deverá solicitar dados à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE-BA).

O caso é investigado pela unidade territorial e acompanhado pelo Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV). A identidade do proprietário da fazendo não foi divulgada.

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